A Justiça Federal de primeira instância de Pernambuco revogou todas as medidas cautelares impostas aos investigados na Operação Integration, incluindo a influenciadora Deolane Bezerra. A decisão foi tomada na segunda-feira (8/9) e determina o desbloqueio de passaportes, veículos e valores financeiros que estavam retidos desde o início das investigações.
O magistrado responsável pelo caso estabeleceu um prazo de cinco dias para que os investigados informem a situação atual de seus bens apreendidos, visando agilizar o processo de devolução e garantir o cumprimento efetivo da decisão judicial.
A liberação dos bens ocorre em função do tempo decorrido desde o início da operação e da complexidade das investigações. Entre os itens a serem devolvidos estão documentos de viagem, automóveis e recursos financeiros, chamados de “ativos” nos autos do processo.
Apesar da revogação das medidas cautelares, a Operação Integration segue em curso. Os responsáveis pela investigação têm solicitado sucessivas prorrogações de prazo para a conclusão do relatório final do caso que envolve Deolane Bezerra e diversos outros suspeitos.
A operação foi desencadeada pela Polícia Civil de Pernambuco em setembro de 2024 com o objetivo de desmantelar um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais que movimentou cerca de R$ 3 bilhões.
A ação policial resultou na prisão de 22 pessoas, entre elas Deolane Bezerra, sua mãe Solange Bezerra e Darwin Henrique da Silva Filho, dono da casa de apostas Esportes da Sorte.
Durante as investigações, foi identificada a prática de “smurfing”, técnica que divide grandes quantias em múltiplas transações menores para dificultar o rastreamento do dinheiro. As autoridades também descobriram o uso de contratos publicitários com celebridades e influenciadores digitais para ocultar a origem ilícita dos recursos.
A operação apreendeu bens de alto valor, como carros de luxo, imóveis, aeronaves e embarcações. Os ativos financeiros bloqueados somaram R$ 2,1 bilhões.
Deolane Bezerra permaneceu detida por 20 dias, entre 4 e 24 de setembro de 2024, período que incluiu tempo em prisão domiciliar. Após ser libertada, a influenciadora declarou ter sido vítima de uma “injustiça” e afirmou estar “destruída” pela situação que envolveu sua mãe.
A informação sobre a revogação das medidas cautelares foi divulgada pela coluna Fábia Oliveira, que teve acesso à decisão da Justiça Federal de Pernambuco.

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