O humorista Whindersson Nunes recebeu diagnóstico de superdotação durante tratamento contra dependência de álcool em uma clínica psiquiátrica. A descoberta aconteceu no início de 2025, como parte do processo terapêutico realizado na instituição localizada no interior de São Paulo. O comediante revelou a informação em entrevista ao programa Fantástico neste domingo (3).
Exames neuropsicológicos realizados durante a internação identificaram que Whindersson possui QI de 138, valor que o classifica como pessoa com altas habilidades. Este índice está consideravelmente acima da média populacional, que normalmente se mantém abaixo de 100.
“Entendi porque eu me sentia de tal forma, em tal ano. Eu sempre me senti diferente”, disse o humorista durante a conversa com a repórter Ana Carolina Raimundi.
A superdotação de Whindersson está principalmente ligada à sua capacidade criativa, não ao raciocínio lógico-matemático. O artista explicou que essa condição resulta em pensamento acelerado, o que gerou sobrecarga mental e afetou seus relacionamentos interpessoais.
“Eu já ia tentando através da arte fazer uma ‘gambiarra’ na vida. Eu não fui assistido por pais que sabiam que eu tinha altas habilidades”, declarou o comediante.
A internação ocorreu por iniciativa própria em fevereiro deste ano. Whindersson permaneceu na clínica até o final de março, completando várias semanas de acompanhamento médico. A equipe que o atendeu avaliou positivamente sua evolução durante o período de tratamento.
O humorista conectou o diagnóstico recente aos quadros depressivos que enfrentou anteriormente, em 2017 e 2019. Ele também mencionou que continua processando o luto pela perda de seu filho João Miguel, nascido de seu relacionamento com Maria Lina, que faleceu dois dias após nascer prematuro em 2021.
Whindersson tem buscado diferentes abordagens para cuidar de sua saúde mental ao longo dos anos, incluindo terapia, medicação e prática de ioga. O artista utiliza sua visibilidade para discutir abertamente sobre depressão e ressaltar a importância do acompanhamento profissional.
Sobre suas perspectivas atuais, o comediante afirmou: “Eu já não estou mais pensando em vencer, em ser o primeiro”.
