O viúvo de Ney Latorraca, Edi Botelho, apesar da parceria ao longo dos anos, ficou apenas com parte do patrimônio do ator. Isso porque ele destinou a maior parte de para instituições de caridade e ONGs das causas que apoiava. Famoso por interpretar o Conde Vlad em Vamp (1991), o ator listou em seu testamento imóveis, investimentos, carros, objetos pessoais e joias. Assim, o viúvo recebeu apenas pequenos objetos. Agora, os documentos apresentados por Botelho e seus advogados à Justiça do Rio de Janeiro pedem a abertura e o cumprimento do testamento, que tramita na 5ª Vara de Órfãos e Sucessões da Comarca da Capital.
O ator possuía três imóveis, distribuídos entre diferentes instituições. Um apartamento no centro de São Paulo ficou para o Gapa (Grupo de Apoio à Prevenção à Aids Baixada Santista). Um imóvel no Rio de Janeiro foi para o Leprosário Campo Grande (MS), que também herdou as cotas da Latorraca Produções Artísticas. Por fim, sua casa em Copacabana passou para a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR), que presta assistência a pessoas com limitações motoras. Além disso, sua poupança e fundo de investimentos ficaram em nome do Retiro dos Artistas.
Para Edi Botelho, Ney Latorraca deixou seu carro, linhas telefônicas, móveis, utensílios, joias e objetos pessoais. Nomeado inventariante dos bens, Botelho viveu uma união estável com o ator desde 1995. Sem herdeiros diretos, o ator pôde dispor livremente de todo seu patrimônio, já que a lei brasileira só restringe essa liberdade quando há cônjuges, ascendentes ou descendentes legalmente reconhecidos como herdeiros necessários.
