Marcus Mumford, vocalista da banda Mumford & Sons, revelou que foi vítima de abuso sexual quando tinha 6 anos.
Aos 35 anos, o músico confessou que passou a vida em “camadas de vergonha” e que essa foi “a primeira de uma série de experiências sexuais realmente incomuns e insalubres em uma idade muito precoce”.
Em entrevista à GQ, o artista falou pela primeira vez sobre o assunto e explicou como usa a música para se abrir sobre o trauma que viveu na infância. Na canção “Cannibal”, faixa de seu primeiro álbum solo, intitulado “Self-Titled”, ela expõe a violência que sofreu.
“Como muitas pessoas – estou aprendendo cada vez mais sobre isso à medida que avançamos e toco para as pessoas – fui abusado sexualmente quando criança. Não pela família e nem na igreja, o que pode ser a suposição de algumas pessoas. Mas eu não tinha contato a ninguém sobre isso por 30 anos”, revelou ele, cujos pais, John e Eleanor, eram líderes internacionais da denominação cristã evangélica neocarismática, as Igrejas Vineyard.
Conversa com a mãe
No relato, Marcus disse que não falou sobre o abuso nem para sua própria mãe, e ela só soube do abuso após ouvir a música. “Então, uma vez que passamos pelo trauma daquele momento para ela, como mãe, ouvindo isso e ela querendo me proteger, me ajudar e todas essas coisas”, disse ele.
“Fora isso, antes de tudo, é objetivamente hilário contar à sua mãe sobre seu abuso em uma canção”, afirmou o músico, contando que a conversa serviu de inspiração para a música “Grace”, que também está presente no álbum solo.
Mumford também revelou que precisou de terapia para lidar com as consequências do trauma. “Aquela coisa que aconteceu quando eu tinha seis anos, foi a primeira de uma série de experiências sexuais realmente incomuns e insalubres, que aconteceram em uma idade muito precoce”, desabafou o músico, contando que foi em um terapeuta especializado em traumas e chegou a vomitar ao reviver a lembrança do abuso sexual.
