A influenciadora digital Bruna Biancardi entrou com ação judicial contra o proprietário de uma mansão em Cotia, na Grande São Paulo, por monitoramento não autorizado através de câmeras de segurança instaladas no imóvel. O processo foi iniciado nesta quarta-feira (6) e inclui acusações de violação de privacidade. A descoberta ocorreu quando o locador questionou a presença de animais de estimação na residência, revelando inadvertidamente que mantinha acesso às gravações.
Conforme documentos judiciais obtidos pelo portal Leo Dias, o proprietário admitiu em mensagens a existência do monitoramento. “Na verdade, Bruna, meus áudios são das câmeras. Isso é para minha própria segurança e da minha própria família. Já tivemos alguns problemas que eu por não ter nada de idiota coloquei as câmeras com áudios e vídeos”, escreveu o dono do imóvel. Em resposta, a influenciadora questionou: “Então você estava me vigiando após eu alugar a casa? Ainda bem que seu plano não deu certo, pois troquei todas.”
A mansão foi alugada quando Bruna retornou do Oriente Médio para o Brasil, durante sua gravidez da segunda filha, Mel. O valor mensal do aluguel era de R$ 41 mil. Na residência, a influenciadora vivia com sua filha mais velha, Mavie, de 1 ano e 9 meses, e com Neymar, seu noivo e atual jogador do Santos.
O processo judicial revela que o proprietário manteve acesso às câmeras mesmo após garantir que havia apagado o aplicativo de monitoramento e alterado as senhas do sistema. A defesa de Bruna apresentou evidências de que o locador utilizou as gravações para acusá-la de descumprir cláusulas contratuais.
Os documentos do processo também indicam que o proprietário fazia solicitações inapropriadas. “Tratava de assuntos alheios ao contrato de locação como, por exemplo, solicitações de fotos com o jogador Neymar Jr. — o que configura violação de privacidade e conduta invasiva”, consta nos autos.
Atualmente, Bruna Biancardi não mora mais no imóvel. Por meio de sua equipe jurídica, ela solicita a devolução de R$ 139,6 mil pagos como caução no início do contrato, além de indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil.
