A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido de gratuidade processual ao corretor de imóveis Marco Antonio Pinheiro Loureiro na ação em que ele cobra R$ 2,3 milhões do ator Bruno Gagliasso. A decisão, tomada nesta quinta-feira (20), pode resultar no arquivamento do processo caso o corretor não comprove sua incapacidade financeira para arcar com as custas judiciais.
O processo refere-se à comissão pela venda de uma propriedade de R$ 23 milhões localizada no Itanhangá, zona oeste do Rio de Janeiro. Loureiro alega ter apresentado o imóvel ao ex-jogador Paolo Guerrero, comprador final da residência, mas afirma que foi excluído da transação concluída meses depois.
A desembargadora Fernanda Xavier manteve a exigência de que o corretor apresente extratos bancários e declaração de imposto de renda para comprovar sua alegada hipossuficiência financeira. O pedido já havia sido negado em primeira instância por falta de documentação comprobatória.
A defesa de Gagliasso questionou as alegações de precariedade financeira do corretor com base em imagens publicadas nas redes sociais que mostram Loureiro em carros importados, contradizendo sua declaração de insuficiência de recursos.
O imóvel em questão, colocado à venda por Bruno Gagliasso e sua esposa Giovanna Ewbank em 2024, possui 3.300 metros quadrados no total. A propriedade conta com 1.250 metros quadrados de área construída e um lote independente de 850 metros quadrados, utilizado como campo de futebol e estacionamento adicional.
O casarão dispõe de sete quartos, estacionamento coberto para 10 veículos, piscina de 25 metros, sauna seca e hidromassagem, características que justificam seu alto valor de mercado.
Procurado para comentar o caso, o corretor não respondeu aos contatos, mas publicou um vídeo em suas redes sociais abordando a questão judicial. “Vamos ver se a Justiça de fato volta a existir nesse país baseada em cima da verdade dos fatos sem ser tirada do real contexto. Sigo firme e resiliente na busca pelos meus direitos e resultados frutos de um business limpo, objetivo e honesto”, disse.